quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

COLUNA KAZE JANEIRO 2018

Coluna Kaze – janeiro de 2018

Feliz ano novo a todos! 
Gostaria de agradecer do fundo do coração pelo empenho dos senhores para com suas respectivas igrejas e para com a igreja-mor Heishin. Muito obrigado.
Ainda, gostaria de agradecer também aos senhores pela dedicação sincera relativa ao mês passado, dezembro, determinado como o “mês da dedicação máxima” do ano 180 R.D. Rezo do fundo do coração para que este ano também seja um ano repleto de realizações para todos nós. 
Pois bem, é meio estranho eu mesmo falar sobre minha personalidade, porém, pode-se dizer que sou uma pessoa muito séria e propensa a me preocupar demais. Por isso, acabo pensando demais no futuro e isso me traz muitas preocupações. Ainda, no cotidiano, tomando todo o cuidado no preparo das coisas e arranjo dos planos, venho dando o máximo de mim, acreditando que se não fosse assim, não conseguiria atingir meus objetivos. Porém, é óbvio que, por mais que as coisas saiam conforme o planejado, mais importante que isso é possuir o sentimento de realização. Contudo, não conseguia atingir esta emoção. Por isso, com a sensação de algo muito pesado em meus ombros, acabava demonstrando isso em meu rosto através de expressões estranhas. Desta maneira, sinto que perdi algo muito valioso. 
Na realidade, a fé deste ensinamento significa acreditar e confiar no amor parental de Deus Parens e Oyassama e dedicar-se com espírito sincero, pois, recebendo as maravilhosas providências divinas, a alegria e o prazer espiritual serão alcançados. Porém, acredito que eu estava cego quanto a esta razão, que não pode ser percebida com os olhos. 
Em “Episódios da Vida de Oyassama”, há o seguinte capítulo: 
No verão de 1883, toda região de Yamato foi assolada por uma grande seca. Issaburo Massui ainda era lavrador na vila de Izu-Shitijo; entretanto, passava dias seguidos na Residência, ajudando na lavoura. Então uma pessoa de sua casa veio chamá-lo: “A vila está ocupadíssima em irrigar o arrozal. Todos estão trabalhando e reclamando que o Issaburo nem aparece. Gostaria que voltasse nem que fosse para dar uma satisfação.” Como Issaburo já não se importava com o seu arrozal, respondeu simplesmente que, apesar de tudo, não podia voltar, e dispensou o mensageiro. No entanto, pensou: “É gratificante poder colocar mesmo que seja um pouco de água na lavoura da Residência nesta grande seca e estou satisfeito com isso, mas é imperdoável descontentar os vizinhos.” E reconsiderando, decidiu voltar pelo menos uma vez.
Ao despedir-se de Oyassama recebeu as seguintes palavras: “Embora não chova, se houver virtude, farei subir a umidade.” 
Ao voltar, encontrou a vila agitada, com todos empenhados em retirar a água dos poços da baixada, dia e noite. Issaburo foi ao arrozal com a esposa Ossame e carregou a água até altas horas da noite, irrigando apenas a lavoura alheia. Ossame misturou a água recebida do poço próximo ao Pedestal do Néctar (Kanrodai) com a de sua casa e respingou com ramos de arroz em redor da sua lavoura, duas vezes por dia, uma de manhã e outra de tarde. Alguns dias depois, ao verificar antes do alvorecer o seu arrozal, Ossame encontrou-o milagrosamente umedecido com água brotada da terra. Lembrou as palavras de Oyassama e ficou profundamente impressionada pela sua exatidão. No outono, toda a vila teve má colheita; porém, a família Massui teve a graça de obter uma excelente produção de arroz. (122 – Se houver virtude) 
Fiz uma pergunta a mim mesmo: “Você quer enxergar o resultado do que planejou ou a maravilhosa graça de Deus parens?” A resposta foi a segunda opção, é claro, pois acreditar e confiar no amor parental de Deus Parens e Oyassama e dedicar com espírito sincero, recebendo as maravilhosas providências divinas, é que trará alegria e o prazer ao espírito.
Por isso, para este ano, concentrando-me ao “trabalho da razão que não pode ser percebido com os olhos”, me dedicarei ao máximo para lapidar meu espírito tendo como meta a alegre vida religiosa que desfruta das graças divinas. Ainda, gostaria de ouvir, sem falta, a respeito do “trabalho da razão que não pode ser percebido com os olhos” que se encontra ao redor dos senhores.
Por vezes, causarei incômodo aos senhores devido às minhas falhas, porém, passo a passo, pretendo seguir o caminho alegre e animadamente, mirando sempre o horizonte. Conto com o apoio de todos os senhores para mais um ano. 

Muito obrigado. 

Rev. Yoshimassa Shimizu, Condutor da Igreja Mor Heishin.

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