quinta-feira, 16 de abril de 2020

Palavras que valorizam- Trecho "Tenrikyo no shinkou" - lit.: "A fé na Tenrikyo", de Koichiro Iwai


Ontem estava eu e minha esposa olhando as redes sociais tranquilamente, quando ela encontrou esse texto abaixo que estava nas memorias de postagens antigas. Postado há cinco anos atras!!! Mas o conteúdo está super atual com as nossas circunstancias do momento, a pandemia do Covid-19. Um dos atos que nós seres humanos usamos para transmitir nossos sentimentos e que precisam de qualidade e equilíbrio neste momento é a fala. Vale muito a pena ler!!! 

Estamos sempre respirando, sem parar nem mesmo por um segundo. Aliás, nos é concedido o ato de respirar. Esse ar que inspiramos e expiramos é a nossa vida.

No entanto, para um mesmo ar expirado, há duas formas de utilização.

Se um chá, por exemplo, estiver muito quente a ponto de não conseguirmos bebê-lo, assopramos para esfriá-lo um pouco para então bebermos; já em um dia muito frio, assopramos as mãos para aquecê-las.


Para o mesmo ar expirado está concedido o poder de esfriar e de aquecer. É extraordinário.

E não é só com relação à respiração. As palavras que utilizamos também podem erguer e vivificar, ou ter outro resultado. Por exemplo, ao indicar alguém para um emprego e dizer: "É uma pessoa muito trabalhadora, mas bebe bastante", causa uma impressão diferente ao dizer: "Bebe bastante, mas é uma pessoa muito trabalhadora". Na primeira frase, passa-se uma certa insegurança sobre a referida pessoa, mas na segunda, termina-se com um ar de elogio. E quem elogia e valoriza as pessoas consegue também posteriormente receber sementes de alegria.

Penso que isso é um exemplo de modo de se usar as palavras que está de acordo com a intenção de Deus-Parens.

quarta-feira, 15 de abril de 2020

Desafios visando a salvação mundial - Associação do Moços da Tenrikyo


Estabelecendo o ensinamento da ‘coisa emprestada e tomada emprestada’,
vamos nos mover pela salvação fazendo uso de nossas virtudes.

A salvação mundial consiste em transmitir os ensinamentos de Oyassama a todas as pessoas do mundo e salvar os espíritos destas pessoas. Para podermos salvar o espírito, é imprescindível que nós, que estamos transmitindo os ensinamentos, tenhamos estabelecidos dentro de nós mesmos a base do ensinamento que é a “coisa emprestada e tomada emprestada”.
Nas Indicações Divinas, temos:

Se entendermos o que é emprestado, surgirá o espirito de salvação mutua.
( I.D. de 22 de março de 1900.)

Assim como nos é ensinado, o esforço para conseguir estabelecer no coração o ensinamento da “coisa emprestada e tomada emprestada”, é sem dúvida o caminho para conseguir desenvolver o espírito de salvação mutua. Acredito que isso se tornara a força de propulsora para a salvação mundial e também a firme base para o futuro do caminho.
Atualmente, é apontado o enfraquecimento dos vínculos entre as pessoas dentro das famílias e na sociedade. Se conseguirmos compreender que, assim como nosso próprio corpo, o marido ou a mulher, os pais e os filhos, os irmãos, os vizinhos, os colegas de trabalho, todos são na verdade empréstimos concedidos a cada um de nós, conseguiremos interpretar tudo que acontece na nossa frente como um fato direcionado a nós mesmos.
As aptidões naturais que cada um possui, as experiências, o cargo que ocupa, o ambiente em que vive, tudo isso são virtudes. Como membros da associação dos moços, vamos praticar a salvação que cada um de nós consegue. Devemos ter em mente que, ao nos relacionarmos com as pessoas, o espargimento da fragrância do caminho acontece de forma natural, e estarmos conscientes de que primeiro vem a salvação e depois a divulgação, e não o contrário. Desse modo, começando pelas nossas próprias “histórias de arrependimento” em que o nosso espírito mudou, vamos transmitir o ensinamento da “coisa emprestada e tomada emprestada” para essas pessoas que encontramos durante as salvações, para podermos dar passos firmes rumo a salvação mundial com os espíritos unidos.

Objetivo das atividades

Escutar mil vezes, transmitir mil vezes


Saudação da Cerimônia Mensal de abril – Primaz Rev. Yuji Murata - Reflexão em tempos de pandemia

Os meus agradecimentos a todos que, mesmo em meio a pandemia do novo coronavírus e tendo as dificuldades de locomoção, tomando as devidas precauções, vieram fazer a reverência no dia de hoje. Contamos com poucas pessoas, mas pudemos realizar com alegria e ânimo o Serviço Sagrado. Muito obrigado.

 No lugar da palestra da cerimônia mensal, gostaria de fazer uma pequena saudação. Desde janeiro deste ano, começou na China, a propagação do novo coronavírus que se espalhou por todo o mundo. Por ser um vírus desconhecido pelas pessoas, todas estão muito assustadas com essa doença e, estamos passando por uma situação muito difícil que ninguém experimentou até agora. 

No dia 20 do mês passado, o governo de São Paulo proibiu durante 30 dias, a reunião de pessoas e também fez o isolamento social, limitando a movimentação nas cidades. As igrejas também foram impedidas de fazer reuniões e celebrar missas e cultos. Aqui no Dendotyo, desde o Serviço da noite do dia 23 de março, pedimos o não comparecimento dos plantonistas pelo menos até fim de abril, por causa da quarentena. Tudo está sendo realizado somente com as pessoas internas do Dendotyo.

 Tanto o Serviço da manhã como da noite, para não chamar a atenção da vizinhança, está sendo realizado com as luzes apagadas e tocando os instrumentos com som baixo. A cerimônia mensal de hoje, realizamos sem o uso do microfone e reduzindo o som dos instrumentos. Nas respectivas igrejas dos senhores, enquanto vigorar a quarentena, gostaria que tomassem o máximo de cuidado ao realizarem o Serviço. 

 As doenças contagiosas e as epidemias já surgiram diversas vezes no mundo. Na Escritura Divina é explicado que não é apenas uma doença, mas a manifestação do espírito de pesar de Deus-Parens, ou seja, uma orientação. 

No dia 14 de março de 1879, na província de Ehime, na cidade de Matsuyama, começou a epidemia de cólera que se propagou por todo o Japão. Até o fim desse ano, 160 mil pessoas foram infectadas e aproximadamente 100 mil acabaram morrendo. Na época, a população japonesa era de quase 36 milhões de habitantes. Assim, foi um grande número de mortes. 

A parte XIV da Escritura Divina foi escrita a partir de junho de 1879, o mesmo ano da epidemia. Por isso, imagino que a Oyassama também tinha conhecimento dessa epidemia de cólera. A palavra cólera aparece somente uma vez, no verso 22. Vou ler do verso 13 a 28, da parte XIV: 

Embora tenha dito tudo até agora, 
nada tem sido prontamente visto. 

Desta vez, não sabem que explanações do mundo
poderão ouvir gradualmente, dentro de três dias.

 Doravante, Tsukihi trabalhará dia a dia. 
Não se sabe que trabalhos poderá realizar. 

Jamais pensem que existam maldições, 
espírito do mal e fantasmas neste mundo. 

Maldição significa o castigo. Espírito do mal significa ser possuído por espírito maligno e fantasma significa a assombração. No Japão, quando ocorria uma epidemia, as pessoas pensavam que eram a aparição de maldições, de ações de espíritos do mal ou de fantasmas. Mas, está sendo ensinado claramente que nada disso existe. Continuando: 

Tsukihi dissipará todo o pesar, 
que está muito acumulado até agora. 

Quanto ao modo de se fazer esta dissipação, 
Tsukihi mostrará realizando toda a sua intenção. 

Embora os dias tenham passado desde o início deste mundo,
não sabem ainda a verdade de Tsukihi. 

Todas as coisas são realizações de Tsukihi.
Seja o que for, não é doença. 

O que quer que Tsukihi faça no corpo, 
não é uma doença, e sim, o seu cuidado. 

Aquilo que o mundo chama de cólera, 
é um aviso do pesar de Tsukihi. 

Explica que as pessoas da sociedade estão agitadas dizendo ser uma epidemia de cólera, mas é o pesar de Deus-Parens. Significa que a sua impaciência está muito acumulada e, como uma forma de mostrar isso para os seres humanos é que está manifestando através da epidemia de cólera. Continuando: 

No mundo, acontece o mesmo com todas as pessoas: 
têm o espírito que só se desanima. 

Doravante, reformando firmemente o espírito,
tornem-no repleto de alegria. 

Tsukihi criou os seres humanos
por desejar ver o viver alegre e feliz. 

Significa que o fato de Deus-Parens ter criado os seres humanos é por desejar ver a vida plena de alegria e felicidade. Aqui está ensinando claramente o objetivo da criação dos seres humanos. Em seguida: 

No mundo, por não conhecerem esta verdade, 
todos estão somente a desanimar-se. 

Se impedirem o viver repleto de alegria que Tsukihi diz, 
o seu pesar se tornará maior. 

Compreendendo seguramente estas explanações, 
reflitam logo sobre isso. 

O surgimento da epidemia de cólera é a manifestação do pesar de Deus-Parens. Como não é uma doença, mas um cuidado de Deus, todos devem compreender a intenção original da criação dos seres humanos e fazer a transformação do espírito para o de vida plena de alegria e felicidade. Está sendo explicado esse amor parental. 

Podemos refletir que o fato de surgir uma doença que contamina rapidamente as pessoas é porque Deus-Parens está apressando a limpeza do coração de todas as pessoas do mundo. Atualmente, a sociedade humana alcançou um grande avanço em todos os sentidos, mas o quanto será que se aproximou do desejo de Deus-Parens que é o mundo de vida plena de alegria e felicidade? 

Percebemos que nunca houve um movimento tão grande de cooperação mundial para pôr fim à pandemia do novo coronavírus, como agora. Entretanto, desde 2016, quando Trump se tornou presidente dos Estados Unidos, começou a pregar que o seu país estava em primeiro lugar e iniciou uma guerra econômica com a China. Além disso, os países da Europa também com o mesmo pensamento, levou a Inglaterra a sair da comunidade europeia, aprofundando a crise em todo o mundo. 

Ao observarmos a Tenrikyo, no dia 26 de julho de 2017, ocorreu o nó com o Kanrodai que foi derrubado e, em junho do ano seguinte, o Shimbashira ficou enfermo e está demorando para que tenha a completa recuperação da saúde. Ainda, foi informado que quase 800 símbolos divinos foram devolvidos a Jiba, mostrando a realidade de que muitas igrejas não estão realizando normalmente as suas atividades. Não sabemos o quanto de pesar e impaciência estamos causando a Deus-Parens.

 No dia 27 de março passado, em Jiba, na reunião do Kanamekai, o diretor geral de assuntos religiosos da Sede informou que a cerimônia do aniversário de Oyassama, em abril, seria realizada da mesma maneira como foi a cerimônia mensal de março e falou do cancelamento da apresentação do coral da alegria no pátio interno. No dia 3 de abril, na reunião extraordinária dos diretores da Sede da Igreja, ficou determinado que a cerimônia mensal do dia 26 de abril, também seria realizada da mesma forma de março. 

Ainda, a Sede da Igreja anunciou os seguintes pontos para os condutores das igrejas diretamente filiadas, por isso, vou informar aos condutores aqui presentes: 
O Serviço da cerimônia mensal deve ser realizado levando em conta a segurança e o bem-estar dos servidores do Serviço, dos fiéis participantes e também das pessoas da comunidade que vivem em torno da igreja. Por exemplo:
- Deixar de realizar as palestras e a confraternização, diminuindo o tempo das atividades que não sejam relacionadas ao Serviço. 
- Evitar a participação e a reverência dos idosos e das pessoas do grupo de risco e que estejam com a saúde debilitada. 
- Fazer a higienização com álcool em gel, a lavagem das mãos com sabão e o uso de máscaras, e usar lenço ou cotovelo ao tossir, reduzindo ao máximo o contato com as pessoas. 
- Manter os ambientes bem ventilados. 
◎ As atividades da igreja devem seguir as determinações das autoridades de cada localidade, fazendo o cancelamento, adiamento ou a minimização. 
◎ Aos yoboku e fiéis, no dia a dia, além de realizarem o Serviço fazendo a solicitação, não se esquecerem da prática do hinokishin. Em cada localidade onde vivem, procurar praticar individualmente o ensinamento, incentivando as outras pessoas. 
◎ Tanto na cerimônia mensal como no Serviço diário, cada pessoa fazer a solicitação para que o quanto antes ocorra o fim da pandemia, que as pessoas infectadas possam receber a graça da recuperação da saúde, que as pessoas que estão passando por diversas dificuldades possam ter de volta a tranquilidade do cotidiano o mais rápido possível, e que a desordem na sociedade e na economia sejam controladas. 

Antes de finalizar, gostaria de expor o meu pensamento. Por causa do isolamento social e da restrição de locomoção, não está sendo possível fazer a divulgação e a salvação, e nem fazer o regresso a Jiba. O Serviço da manhã e da noite está sendo realizado, tocando os instrumentos com som baixo. Porém, o fato de ainda poder realizar o Serviço é gratificante. Por isso, desejo que todos realizem o Serviço diário com toda a sinceridade. 

Nas horas vagas, tenho realizado diariamente a dança dos 12 hinos, solicitando para que ocorra o fim da pandemia do coronavírus o mais rapidamente possível. Todos nós que seguimos o caminho único da fé, nesta situação atual, creio ser importante estudarmos firmemente a doutrina. A começar dos textos originais, vamos ler repetidas vezes a Doutrina, a Vida de Oyassama e os Episódios da Vida de Oyassama. Sinto que essa situação da propagação do vírus ainda vai continuar por certo tempo. 
Vamos cuidar da nossa saúde e com ânimo realizar os trabalhos do Caminho. Agradeço a todos pela presença no dia de hoje. 

Muito obrigado.