domingo, 6 de agosto de 2017

Coluna Kaze - Abril 2017

Coluna Kaze – Abril de 2017


Dentre os dias 3 e 9 de março pude participar pela primeira vez como encarregado da Associação Estudantil da Tenrikyo, no Curso de Formação Espiritual voltado aos estudantes da universidade. Realmente foi um período muito gratificante e de muito aprendizado.
Para esta vez, fui designado para cumprir a função de vice-diretor do “Curso Makoto”, voltado para participantes iniciantes (1ª vez participando). A propósito, o “Curso de Formação Espiritual voltado aos estudantes de faculdade” foi dividido em cinco classes, de acordo com o número de participantes e seu ano letivo.
O vice-diretor é aquela pessoa que trabalha como assistente do diretor, dando-lhe suporte. Porém, se não me falha a memória, desde a época em que participei do curso de estudantes em Tóquio, nunca mais cumpri função alguma como assistente.
O diretor atual é condutor de uma igreja filial à Igreja Sede e também foi meu veterano (três anos acima) na época em que me dediquei em Jiba.
Durante alguns meses antes do início do curso, através de várias reuniões com os encarregados mais importantes, fomos elaborando a programação e dando avanço aos preparativos. Nisso, o diretor foi nos transmitindo sua opinião e pudemos todos juntos elaborar o conteúdo das atividades. Porém, houve vezes em que a opinião do diretor divergia da dos demais e outras em que o pessoal não conseguia interpretar suas intenções. Isso ocorreu com frequência, e é nessas horas em que entra o assistente, para representar o diretor e transmitir suas ideias.
E então, com a liderança do diretor e seus assistentes, deu-se início ao curso. Neste meio, uma importante função do vice-diretor é supervisionar os “encarregados gerais”, aqueles que trabalham fora dos holofotes. Estes encarregados quase que não têm contato com os estudantes e, por isso, manter a motivação pode ser um tanto difícil, fazendo com que essa seja a função onde mais se acumula a insatisfação.
Entretanto, como o diretor já tinha dito anteriormente, ao invés de os estudantes apenas dizerem “ah, até que o curso foi divertido”, ele quer que, após o curso, todos voltem para seus respectivos lares e sintam que seu dia a dia tenha se tornado mais alegre e que, graças ao curso, possam mudar para melhor o seu comportamento ou a sua personalidade. Como eu também carregava este mesmo objetivo, nos intervalos do meu serviço, conversava a respeito da vida modelo de Oyassama, criava grupos de discussão sobre o ensinamento, entre outras atividades.
Com isso, foram muitas as vezes em que pude transmitir o pensamento do diretor, representando-o diversas vezes. Não sei se com isso houve algum efeito, mas acredito que todos puderam compreender com sinceridade o pensamento do diretor e, com muito ânimo, puderam cumprir as atividades.
Como resultado, tendo como líder o diretor, os orientadores, estudantes e os demais encarregados puderam construir um ambiente alegre e animado. E em minha opinião, concluímos um excelente curso.
Durante o curso, houve momentos em que nossas opiniões se divergiram com as do diretor, porém, como mencionado anteriormente, conseguimos conciliar os pontos mais importantes e, por isso, todos conseguiram animadamente, acompanhar o diretor. Nas Escrituras Divinas há o seguinte:

Mesmo entre pais e filhos, marido e mulher ou entre irmãos,
os espíritos são diferentes um do outro. ED. V-8

Como diz o ditado “cada um é cada um”, as pessoas têm seus próprios gostos e opiniões e, obviamente, mesmo entre o casal, se conseguirem compartilhar de seus objetivos e caminhos, certamente conseguirão dar avanço com o sentimento otimista, qualquer seja a atividade. Isto foi uma das coisas que aprendi no decorrer deste curso.
A origem deste mundo e dos seres humanos começa com Kunitokotachi no Mikoto consultando Omotari no Mikoto sobre a criação dos seres humanos e entrando em um acordo. Depois, foi chamado o sirênio e a cobra branca, consultaram-nos sobre isso e, por fim, obteve-se seus consentimentos. Ainda, acredito que desta mesma maneira tomou consentimento, também, dos outros instrumentos.
Outra coisa que aprendi foi que, apesar das dúvidas que temos em relação à origem deste mundo e da humanidade, é muito importante conversar e compartilhar de nossos pensamentos e, com os espíritos unidos, mirar o mesmo objetivo, visando a vida plena de alegria e felicidade. Nós frequentemente tendemos a nos preocupar apenas com nós mesmos e com o ambiente ao nosso redor. Porém, se compartilharmos as nossas ideias, os nossos objetivos e perspectivas, todos nós conseguiremos cumprir nossas funções com ânimo, alegria e otimismo.
Assim, após receber a oportunidade de poder cumprir esta função como assistente, o que mais pude sentir foi gratidão à minha esposa. Quanto mais pensava em me tornar um bom assistente do diretor, sentia que cada vez mais me ajustava com as ações diárias de minha esposa.
Atualmente, por ser o condutor da Igreja mor, sempre sou designado para o cargo de “diretor”, quaisquer que sejam as atividades, ou seja, o representante de todos. Isto é um tanto difícil para mim, porém, sinto que vale a pena, pois todos prestam bastante atenção ao representante.
No entanto, pude sentir mais uma vez que apenas consigo cumprir essas funções pelo fato de ter minha esposa por perto, que sempre trabalha fora dos holofotes e, sempre quando necessário, representa-me tomando os meus pensamentos como seus com muita fé e sinceridade.
Para mim, minha esposa é um ser indispensável e insubstituível. Não apenas esposa, é também a minha colega que compartilha a mesma determinação e também a minha melhor amiga que sempre está ao meu lado. Ainda, além de sempre me dar suporte, é também um “segundo eu”, sempre tomando meu lugar e me representando quando preciso.
Para dizer mais, o motivo de eu conseguir desempenhar minhas funções como “diretor” se deve à dedicação sincera de meus pais e das pessoas à minha volta. E mais uma vez pude sentir isso graças a esta oportunidade que tive de participar do curso.
Daqui para frente, pretendo me esforçar ainda mais para que todos os senhores que me dão suporte possam sempre se dedicar com muito ânimo e alegria.

Ainda, como instrumento de Oyassama, pretendo tomar o pensamento do Parens com muita fé, para poder transmitir o ensinamento o melhor possível e espero trilhar juntamente com minha esposa a vida de dedicação com sinceridade.
Rev. Yoshimassa Shimizu, Condutor da Igreja Mor Heishin.

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