sexta-feira, 24 de novembro de 2017

SAUDAÇÃO DO PRESIDENTE MUNDIAL DA ASSOCIAÇÃO DOS MOÇOS DA TENRIKYO

Saudação do Presidente Mundial da Associação dos Moços

As minhas sinceras felicitações pela realização da Assembleia Geral da Associação dos Moços do Brasil na data de hoje, tendo em vista os Cem Anos de Fundação da Associação dos Moços da Tenrikyo. Ainda, os meus sinceros agradecimentos a todos os associados que têm se dedicado diariamente nas atividades da Associação dos Moços cada qual na sua posição.
Nesta oportunidade, gostaria de expressar o meu pensamento a todos.
A Associação dos Moços da Tenrikyo completará 100 anos de Fundação no ano de 2018. Visando o Centenário, a Associação do Moços tem como objetivo “voltar às origens e começar a partir do um”, ou seja, voltar ao espírito da fundação. Espero que as atividades possam ser realizadas pensando no futuro de 20, 30 anos.
Na 92ª Assembleia Geral da Associação dos Moços realizada na Sede, o Shimbashira disse: “A juventude é um período em que se faz preparativos para o futuro. Cada uma das experiências acumuladas no dia a dia de nossas vidas irá compor a base para a maturação futura. Gostaria que avançassem sem ter medo de errar, valendo-se das forças físicas e mentais jovens, próprias das pessoas da idade de vocês, sem falar do longo tempo que ainda têm pela frente, com a possibilidade de recomeço, e usando tudo isso para a própria maturação espiritual”. Nessas palavras, ele está nos orientando o quanto é importante a formação de si dentro do convívio diário. Desejo que avancemos rumo ao Centenário de Fundação, tendo firmemente essas palavras em nossos corações.
A Associação dos Moços da Tenrikyo foi fundada no dia 25 de outubro de 1918. O sentimento de “querer transmitir para o mundo este ensinamento” e de “querer buscar cada vez mais este ensinamento e evoluir o espírito”, todo esse ímpeto natural que os jovens da época não conseguiam controlar passou a concentrar-se em um único espaço, isso foi o que deu origem à Associação dos Moços. Assim, nesta oportunidade, quando se diz para voltar às origens, significa que temos que passar da mesma forma como os precursores dessa época. Cada associado deve sentir a alegria da fé, passar os dias com alegria, buscar naturalmente o ensinamento, procurar se tornar uma pessoa que queira transmitir e evoluir. Ainda, desejo que o ambiente da Associação dos Moços possa se tornar locais atrativos onde os associados possam pensar “se for lá, eu quero ir novamente”. O que define se uma associação filiada é atrativa ou não são as pessoas desse lugar. Para se tornar uma Associação dos Moços onde qualquer pessoa deseje vir, ou para se tornar uma pessoa que caminhe em qualquer momento com alegria, é importante que cada um aqui presente mude e lustre o seu próprio espírito. Com base nisso, gostaria de falar sobre as atividades desta ocasião.
Nesta oportunidade, divulgamos o lema “mova o espírito e expanda o mundo”, para que cada associado dedique de frente na prática missionária e na busca do ensinamento. Primeiramente, sobre a parte “mova o espírito”, que está em relação com a busca do ensinamento, gostaria que cada associado colocasse em prática a vida plena de alegria e felicidade no seu dia a dia. Sobretudo, uma prática voltada a partir dos próximos, com um foco especial na relação entre pais e filhos e entre marido e mulher. Em seguida, sobre a parte “expanda o mundo”, relacionada à prática missionária, penso que não devemos nos deixar levar somente pelo número ou pela força das ações realizadas até hoje, pois o mais importante é as pessoas estarem firmemente ligadas à salvação, fazendo a “divulgação de coração para coração”. De modo específico, desejo que avancemos na prática da salvação trazendo as pessoas à igreja e tendo como slogan de incentivo “trazer uma pessoa nova para fazer a reverência”.
Em outras palavras, antes de mais nada, precisamos direcionar uma seta para o nosso próprio coração, tendo em mente a “dedicação aos pais e a harmonia entre o casal”, e mudar o nosso espírito através disso. Ainda, nós devemos transmitir a alegria sentida nisso para as pessoas que encontramos em nossa caminhada durante a divulgação ou para as pessoas próximas que ainda não são seguidoras, conduzi-las para a igreja, explanar sobre o ensinamento e promover a salvação. Nas atividades do centenário, esse é o ponto principal.
Durante as atividades decenárias, eu consegui caminhar animado na divulgação para cumprir o que eu havia determinado. Ao refletir sobre essa caminhada, embora saísse para transmitir o ensinamento da vida plena de alegria e felicidade às pessoas, eu não estava praticando em nada a vida plena de alegria e felicidade no meu cotidiano.
Assim, quando foi anunciado as atividades desta ocasião, comecei a pensar em formas de como contentar as pessoas a minha volta e os meus pais e coloquei-as em prática. Com isso, percebi que a alegria que concedia aos outros voltava para mim, e o meu cotidiano se tornava cada vez mais alegre. A relação de pais e filhos, marido e mulher, é algo que está sempre próximo de nós, mas quando é para praticá-la, ficamos envergonhados, por isso, é necessário ter muita coragem. Eu também era assim. As relações mais próximas de nós entre pais e filhos, marido e mulher, são as coisas mais importantes para a concretização da vida plena de alegria e felicidade. Acredito que Deus não se contentará se não houver a harmonia na família, mesmo que estejamos praticando a vida plena de alegria para as pessoas de nossa volta ou andando todos os dias na prática da divulgação.
Na sociedade atual, existem muitas pessoas que estão sofrendo com a relação entre pais e filhos, marido e mulher. Creio que dentre as pessoas reunidas aqui hoje possivelmente haja pessoas assim. Quanto pior for a relação entre pais e filhos, marido e mulher, acabamos sempre culpando a outra pessoa: “não é minha culpa, é culpa do meus pais, é culpa da minha esposa”. É claro que em determinadas situações a culpa é da outra pessoa. Contudo, por mais que desejemos que a pessoa mude, ela não mudará. No fim das contas, se a própria pessoa não mudar, o outro não mudará. Por isso, visando o Centenário, foi estabelecido “a mudança de si”. Ainda, mesmo aquelas pessoas que pensam “me dou bem com os meus pais e com minha esposa”, na verdade, em grande parte das vezes, estamos causando preocupação a essas pessoas, o outro é quem está nos dando atenção. Além disso, penso que, mesmo que tenha harmonia, não podemos deixar de respeitar quando se deve respeitar, não sendo apenas simples amigos. O mais importante é fazer a mudança de si, pensar no que se precisa fazer para contentar mais os pais ou a esposa e colocar isso em prática. Se nós mudarmos, tudo mudará. A partir disso, sentiremos a alegria de coração todos os dias, e penso que é essa a vida que nos aguarda.  
A prática da vida plena de alegria significa conceder a alegria ao próximo, ou seja, plantar boas sementes. Como todas as sementes plantadas brotam, quanto mais boas sementes plantarmos na relação com os pais e esposa, com certeza, Deus irá nos mostrar fatos alegres. Porém, no seu inverso, se plantarmos más sementes, de insatisfação na relação com os pais, ou entre marido e mulher, com certeza, brotarão más sementes, ou seja, é a própria pessoa que passará por dificuldades.  
Oyassama ensinou que:
“Cada palavra é importante. Com o simples controle do uso das suas palavras, haverá harmonia na família” (Episódio da Vida de Oyassama – 137. Uma palavra).

O rumo de nossas vidas muda completamente de acordo com o uso das palavras, ao utilizarmos para animar e contentar as pessoas ou para machucar e se queixar.  
É difícil mudar o espírito, mas conseguimos mudar as palavras. Se mudamos as palavras, mudamos o espírito. Assim, mudando o espírito, a nossa própria vida e o nosso destino também muda.
No futuro, o meu desejo é que possam surgir pessoas dizendo: “a minha vida mudou por causa do Centenário”, “eu não estaria aqui hoje se não fosse aquele Centenário”. Espero fazer dessa ocasião “o Centenário que muda a vida”. Gostaria que todos os que estão aqui presentes possam mudar a própria vida e também das pessoas que estão sofrendo e aflitas. Para fazermos a nossa mudança, primeiramente, vamos plantar muitas sementes de alegria, utilizando palavras que possam sempre contentar os pais, a esposa e as pessoas em volta.
Eu penso que as atividades do Centenário irão construir o futuro da Tenrikyo. Como vimos nas palavras “época de voltar às origens e começar a partir do um”, o Centenário não é a linha de chegada, mas sim a linha de partida para construirmos o futuro da Tenrikyo. Para essa ocasião, antes de tudo, vamos pôr em prática a dedicação aos pais e a harmonia entre o casal, mudar o próprio espírito ao alegrar o outro e passar os dias dizendo “que gratificante, estou feliz, como é bom”. Também, sair para a divulgação para passar essa alegria a muitas pessoas, conduzi-las a igreja, transmitir os ensinamentos e acumular a prática da salvação. Acredito que o aumento desse tipo de associado estará construindo o futuro alegre do Caminho.
Hoje, eu fico muito emocionado quando penso que nós estamos construindo o futuro deste Caminho juntamente com todos que estão aqui presentes. Cada vez mais tenho grandes expectativas em relação ao futuro do Caminho. Gostaria que, daqui em diante, nos dedicássemos com todo empenho nas atividades do Centenário, para construirmos um caminho excelente de alegria e felicidade.
Transmiti aqui os meus pensamentos e faço disso as minhas palavras de saudação na Assembleia.


8 de julho do Ano 180 R.D.
Daisuke Nakayama

Presidente Mundial da Associação dos Moços

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