Coluna Kaze - junho de 2017
Chegamos à época em que o verde começa
a dominar nossas paisagens e gostaria de expressar neste momento a minha
alegria em vê-los bem e saudáveis.
Finalmente teremos o início do “Curso
de Formação para os Sucessores do Caminho” em agosto deste ano, o qual acontece
apenas uma vez a cada dez anos. Em vista disso, abrimos as inscrições que, por
fim, se encerraram no dia 3 de maio. Se por acaso houver alguém que tenha se
esquecido da inscrição, peço que entrem rapidamente em contato com a igreja
mor, pois ainda há tempo.
O diretor do comitê executivo desta
vez será o Sr. Daissuke Nakayama, sucessor do Shimbashira.
Outro dia, quando participei de um workshop para professores palestrantes, havia
uma pessoa que disse com muito entusiasmo que gostaria de realizar um curso em
que pelo menos alguém pudesse sentir que “graças ao curso, sua vida mudou”. Ter
líderes carregando consigo esse pensamento é muito gratificante, e sinto que
consigo ficar ainda mais firme e animado.
Desde a muito tempo penso que convidar
jovens para cursos como este é algo de grande importância e fundamental para a
Igreja.
Na realidade, há muito tempo que carrego
o pensamento de que os jovens criados dentro do ambiente da Tenrikyo sentem
algo bloqueando seu peito. E por mais que haja crianças com excelentes pais,
acredito que pode se dizer o mesmo.
Em outras palavras: minha casa é uma
igreja e, durante a minha infância, frequentemente faziam piadas de mim. Ou
ainda, passava vergonha em certos casos e nunca ganhava coisas que eu queria ou
que meus amigos possuíam, por ser de uma família pobre. São apenas pequenas
insatisfações que tive quando pequeno, porém, as crianças que estão passando
por essa fase em que se preocupam com qualquer coisa vão acumulando aos
pouquinhos pequenas feridas.
Dentro disso, a “insatisfação” que
mais escuto é: “meu pai, que é condutor de igreja da Tenrikyo, vive me dizendo
coisas sem ao menos escutar o que tenho a dizer”.
Mesmo eu, que tenho um pai que se
dedicava fervorosamente, quando criança, carregava um sentimento de oposição
por nunca ganhar nada do que eu pedia. Por isso, quando meu pai, que se chama
Keichiro, não estava por perto, o chamava de Kechiro[1].
Hoje reconheço que realmente errei, mesmo sendo um fato de quando eu era ainda
criança.
Apesar disso, possuir essa
“insatisfação” quando se é criança é, por outro lado, algo inevitável e,
conforme o crescimento, vai se aprendendo. Porém, com isso, existem pessoas que
se afastam completamente do caminho, pois durante seu desenvolvimento, a
insatisfação vai se acumulando e complicando-se cada vez mais. Isso não é
triste?
Por mais que os pais pensem no futuro
de seus filhos, não significa que suas crianças irão compreender o verdadeiro
significado de seus esforços.
Por isso, no mínimo, vamos nos
esforçar em transmitir o ensinamento para os jovens, os quais possuem um
espírito ainda maleável, fazendo com que compreendam bem o significado e o
valor deste caminho. É importante guiá-los para que possam lidar com a
insatisfação em seu espírito.
Porém, na realidade, ter uma conversa
séria de pai para filho sobre a religião não é algo tão simples assim. Por isso, desejo que um grande número de
jovens participe dos cursos da Sede, como o Curso de Formação para os
Sucessores do Caminho e o Curso Estudantil, pois aí eles têm a oportunidade de
se encontrar com semelhantes de sua mesma geração.
O Curso
Estudantil e o Encontro para Formação Espiritual da Sede, entre outros, são
cursos que se utilizam de diversos métodos de “workgroup” a fim de fazer os participantes compartilharem de suas
ideias e pensamentos para então poder discutir e refletir a respeito do próprio passado e presente. É neste
momento que escutamos diversas “insatisfações” que os participantes carregam.
No caso dos jovens ligados à igreja, os problemas, em geral, estão relacionados
aos pais ou à igreja. Porém, estando em um ambiente onde escutamos os problemas
uns dos outros, ficamos mais tranquilos quando percebemos que há outras pessoas
com as mesmas experiências. Chegamos até a mudar o nosso modo de pensar quando
vemos outras pessoas vendo de forma positiva aquilo que tínhamos como
insatisfação, como por exemplo, algo que foi dito por nossos pais. E é nesse
momento que percebemos o real significado da intenção deles em nos instruir.
Acredito que as pessoas não se afastam
do caminho por detestar o ensinamento. Elas simplesmente acumulam um pouco de
insatisfação por não compreender a intenção dos pais e/ou o verdadeiro valor
desta fé. Por isso, penso que transmitir o ensinamento e a intenção de Deus
Parens é fundamental.
Primeiramente, devemos fazer conhecer
o ensinamento. Após isso, o mais importante é guiar a pessoa para que ela passe
a gostar do ensinamento.
Por ora, o que nós, adultos, podemos
fazer é convidar os jovens a participarem de cursos como o “Curso de Formação
para os Sucessores do Caminho” e o “Curso Estudantil”, e dar-lhes a oportunidade
de “mudar o espírito”.
Acredito que não haja muitos jovens
que sejam indiferentes ao pedido insistente dos pais para participarem do Curso
Estudantil ou irem escutar o Besseki.
É claro que, por diversas razões, há
muitos casos em que elas não correspondem ao pedido dos pais. No entanto, tenho
certeza de que o sentimento de que “em
algum momento terei que ir” irá permanecer gravado em seu interior. O resto
fica por conta do “tempo” e da “oportunidade”, ou seja, é uma questão de
“momento”. Por ora, o importante é convidar insistentemente e fazê-los escutar
a intenção dos pais e esperar, sem se irritar ou culpar alguém, até que o
momento oportuno chegue.
Por fim, em cursos da Sede, como o
“Curso de Formação para os Sucessores do Caminho”, o que mais me surpreende e
me deixa maravilhado é a sinceridade dos encarregados em cuidar dos
participantes. Os selecionados para professores e encarregados são grandes
fiéis de suas igrejas. Além disso, são pessoas extremamente esforçadas que
anteriormente já participaram várias vezes de treinamentos preparatórios. Mesmo
que pensemos em fazer a mesma coisa em nossa Igreja mor Heishin, seria algo
impossível. Por isso, não há como deixar passar uma chance maravilhosa como
essa. Certamente, o espírito sincero dos professores, encarregados e colegas
tocará o coração dos jovens e fará com que mudem sua mente e espírito.
Espero que os senhores convidem várias
e várias vezes, sem desistir, para que o maior número de pessoas possa
participar do “Curso de Formação para os Sucessores do Caminho”.
Está soprando o vento da formação e do
desenvolvimento. Por isso, senhoras e senhores, conto com o esforço de todos
vocês.
Acredito que as pessoas não se afastam
do caminho por detestar o ensinamento. Elas simplesmente acumulam um pouco de
insatisfação por não compreender a intenção dos pais e/ou o verdadeiro valor
desta fé. Por isso, penso que transmitir o ensinamento e a intenção de Deus
Parens é fundamental.
Primeiramente, devemos fazer conhecer
o ensinamento. Após isso, o mais importante é guiar a pessoa para que ela passe
a gostar do ensinamento.
Por ora, o que nós, adultos, podemos
fazer é convidar os jovens a participarem de cursos como o “Curso de Formação
para os Sucessores do Caminho” e o “Curso Estudantil”, e dar-lhes a oportunidade
de “mudar o espírito”.
Acredito que não haja muitos jovens
que sejam indiferentes ao pedido insistente dos pais para participarem do Curso
Estudantil ou irem escutar o Besseki.
É claro que, por diversas razões, há
muitos casos em que elas não correspondem ao pedido dos pais. No entanto, tenho
certeza de que o sentimento de que “em
algum momento terei que ir” irá permanecer gravado em seu interior. O resto
fica por conta do “tempo” e da “oportunidade”, ou seja, é uma questão de
“momento”. Por ora, o importante é convidar insistentemente e fazê-los escutar
a intenção dos pais e esperar, sem se irritar ou culpar alguém, até que o
momento oportuno chegue.
Por fim, em cursos da Sede, como o
“Curso de Formação para os Sucessores do Caminho”, o que mais me surpreende e
me deixa maravilhado é a sinceridade dos encarregados em cuidar dos
participantes. Os selecionados para professores e encarregados são grandes
fiéis de suas igrejas. Além disso, são pessoas extremamente esforçadas que
anteriormente já participaram várias vezes de treinamentos preparatórios. Mesmo
que pensemos em fazer a mesma coisa em nossa Igreja mor Heishin, seria algo
impossível. Por isso, não há como deixar passar uma chance maravilhosa como
essa. Certamente, o espírito sincero dos professores, encarregados e colegas
tocará o coração dos jovens e fará com que mudem sua mente e espírito.
Espero que os senhores convidem várias
e várias vezes, sem desistir, para que o maior número de pessoas possa
participar do “Curso de Formação para os Sucessores do Caminho”.
Está soprando o vento da formação e do
desenvolvimento. Por isso, senhoras e senhores, conto com o esforço de todos
vocês.
[1] Trocadilho do nome, que acaba por se tornar um xingamento, um apelido de mau gosto, pois “kechi” significa “mesquinho”.
[1] Trocadilho do nome, que acaba por se tornar um xingamento, um apelido de mau gosto, pois “kechi” significa “mesquinho”.
Rev. Yoshimassa Shimizu, Condutor da Igreja Mor Heishin.
Rev. Yoshimassa Shimizu, Condutor da Igreja Mor Heishin.
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